quinta-feira, 20 de março de 2008

Trata-me...

Como se de um mendigo se tratasse,
com filosofias de vida e histórias vividas,
mais de mil para contar.
leonardo

terça-feira, 4 de março de 2008




Naquele dia apercebera-me que,

já não sentia nada, nem mesmo o toque

despretensioso daquela mulher que

sempre me tocava e acrescentava esperança.

Fora surripiado sem compaixão.

A saudade atormentava os meus e os seus dias.

Eu ficava vendo todos os seus passos e ela,

já tentara mais que uma vez seguir os meus,

mas ainda não era chegada a hora.

Eu seguia-a, aquando das suas

fugas de casa a correr descontrolada

para o penhasco que ficava mesmo

por cima do mar.

Sentava-me ao seu lado e ficavamos

a olhar para o nada nostálgico.



leonardo

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

É tarde

Esperei pelo amanhecer que trazia a forte
Luz para puder ver-te.
Ilusão dos meus olhos e do meu pensamento...
Olhei e aproximei-me... sabia que não era.

Guiavam-me longos fios
Ocultos... por ti suspensos.
Segui-os e até ti chegava.
Tudo era estranho, mas real!
Omitia o que estava a sentir

Mencionando a mim própria que era
Utopia.
Inexoravelmente confrontava-me com o
Turbilhão de sentimentos que
Obrigaram os meus olhos a mudar de

Direcção assim que em ti
Encontravam a perfeição.

Tenho agora a certeza de olhar para ti, sem que
Inesperadamente, os meus olhos fujam.

É tarde.


Heraclita

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008


Despedimo-nos… despedimo-nos…

Deixamos para trás um rasto de destruição

No meio daquela multidão um silêncio

Devastou os corações apinhados de dor,

De sofrimento, de sentimento de extravio

Corações ensanguentados, cheios de dor de culpa

Por ser nada mais que uns simples mortais

Impossibilitados de agir contra as forças naturais.

Quantos de nós partiram jornada dando-se completo

Graças às promessas vazias, vãs de melhores

Proscénios para recitar a existência,

Mas… compõe….

Mera fantasia, em fortalezas quiméricas.

Resta-nos mãos sujas consciência penosa

Cabisbaixo e a revolta de um dia ter partido

De um porto em paz e atracar noutro levando

Ventos apoquentados de conflito.



Leonardo