(Fado Santa Luzia)
No jardim das rosas de Maio
vi rosas brancas com' um raio
cobertas do orvalho do sul
para te vestir de alvura
e então a vida foi pura
rumando breve p'ra um azul.
Mas o azul fez-se agreste
pelo mal que tu me fizeste
e cravei nas mãos os espinhos
e cobri de sangue a raiz
da terra do que por ti eu fiz
da ternura feita de linho.
A rosa branca está rubra
e à espera de quem a cubra
porque esta luz foi tingida
pelo sangue que não estanca,
duma antiga rosa branca
que foi decepada p'la vida.
No jardim das rosas de Maio
vi rosas brancas com' um raio
cobertas do orvalho do sul
para te vestir de alvura
e então a vida foi pura
rumando breve p'ra um azul.
Mas o azul fez-se agreste
pelo mal que tu me fizeste
e cravei nas mãos os espinhos
e cobri de sangue a raiz
da terra do que por ti eu fiz
da ternura feita de linho.
A rosa branca está rubra
e à espera de quem a cubra
porque esta luz foi tingida
pelo sangue que não estanca,
duma antiga rosa branca
que foi decepada p'la vida.
Nuno Gonçalo
1 comentário:
lindo...
HD
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