Naquele dia apercebera-me que,
já não sentia nada, nem mesmo o toque
despretensioso daquela mulher que
sempre me tocava e acrescentava esperança.
Fora surripiado sem compaixão.
A saudade atormentava os meus e os seus dias.
Eu ficava vendo todos os seus passos e ela,
já tentara mais que uma vez seguir os meus,
mas ainda não era chegada a hora.
Eu seguia-a, aquando das suas
fugas de casa a correr descontrolada
para o penhasco que ficava mesmo
por cima do mar.
Sentava-me ao seu lado e ficavamos
a olhar para o nada nostálgico.
leonardo
2 comentários:
Estou a ver que qualquer dia vamos organizar um concurso: "Escritos da nossa terra", com o objectivo de publicar os melhores textos...
Precisamos de ideias...
HD
Tens uma fascinante elegância na escrita...
Passou o dia sobre as cidades
Esquecido por esta estação
Uma flor deposita no vento uma semente
Este ribeiro leva consigo a ilusão
Secretamente a terra a recolhe
Guarda-a da voragem do vento
Espera que água a fecunde
Explode a vida a cada momento
Convido-te a sentir o toque pungente das trindades…
Boa fim de semana
Mágico beijo
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