terça-feira, 4 de março de 2008




Naquele dia apercebera-me que,

já não sentia nada, nem mesmo o toque

despretensioso daquela mulher que

sempre me tocava e acrescentava esperança.

Fora surripiado sem compaixão.

A saudade atormentava os meus e os seus dias.

Eu ficava vendo todos os seus passos e ela,

já tentara mais que uma vez seguir os meus,

mas ainda não era chegada a hora.

Eu seguia-a, aquando das suas

fugas de casa a correr descontrolada

para o penhasco que ficava mesmo

por cima do mar.

Sentava-me ao seu lado e ficavamos

a olhar para o nada nostálgico.



leonardo

2 comentários:

Casa do Povo São Roque do Faial disse...

Estou a ver que qualquer dia vamos organizar um concurso: "Escritos da nossa terra", com o objectivo de publicar os melhores textos...

Precisamos de ideias...

HD

O Profeta disse...

Tens uma fascinante elegância na escrita...


Passou o dia sobre as cidades
Esquecido por esta estação
Uma flor deposita no vento uma semente
Este ribeiro leva consigo a ilusão

Secretamente a terra a recolhe
Guarda-a da voragem do vento
Espera que água a fecunde
Explode a vida a cada momento

Convido-te a sentir o toque pungente das trindades…


Boa fim de semana


Mágico beijo