
Naquele dia apercebera-me que,
já não sentia nada, nem mesmo o toque
despretensioso daquela mulher que
sempre me tocava e acrescentava esperança.
Fora surripiado sem compaixão.
A saudade atormentava os meus e os seus dias.
Eu ficava vendo todos os seus passos e ela,
já tentara mais que uma vez seguir os meus,
mas ainda não era chegada a hora.
Eu seguia-a, aquando das suas
fugas de casa a correr descontrolada
para o penhasco que ficava mesmo
por cima do mar.
Sentava-me ao seu lado e ficavamos
a olhar para o nada nostálgico.
leonardo